Livros, livros e muitos livros!
Durante
todo o mês de agosto, muitos estabelecimentos fazem campanhas e
promovem encontros de leitores para que estes possam se
disponibilizar para participar de ações por suas cidades.
Estava
eu fazendo uma visita à Ikea, loja sueca de móveis e decoração, e
vi um bocado de banners e caixas de coleta de doações espalhadas
pela loja.
Lembro-me
que em um dado ano a MTV Brasil fez uma campanha que procurou
incentivar a leitura.
Durante
um dia inteiro a emissora exibia na tela: “Desligue a televisão e
vá ler um livro.”
Eis
o link para quem queira se lembrar e para os que não tiveram a
oportunidade de ver:
https://youtu.be/O3nau-Bs6ik
https://youtu.be/O3nau-Bs6ik
E
é muito interessante ter esse NRABD porque ele vem, justamente, no
início do ano letivo das escolas americanas.
Eu
procurei me informar e algumas escolas até fazem um tipo de “amigo
secreto” de livros para o retorno às aulas.
Os
livros devem ser usados e, de preferência, que quem está dando já
o tenha lido, pois, assim, eles podem conversar entre eles, trocar
informações e estreitar os laços.
Essa
prática é mais comum entre os alunos do Elementary e Junior High
(ou Middle School).
E
há uma parte super divertida nesse amigo secreto, pelo menos, muitos
alunos gostam bastante: como os professores também se engajam na
brincadeira, o aluno que conseguir “tirar” o professor no amigo
secreto, além de ficar como seu assistente por um mês inteiro, pode
escolher três leituras que serão feitas no decorrer do ano letivo,
explicar o porquê daquelas escolhas e como elas ajudariam a ele e os
demais colegas em seu progresso escolar.
Eu
pude participar de uma aula de volta ao ano letivo na Bradenton
Christian School, como convidada, e pude ver como eles fazem.
O
primeiro dia de aula é aquela festa: todo mundo se abraça, fala o
que fez nas férias e aí, começam a revelar seus amigos.
E
ainda houve os que falaram das personalidades dos colegas, do
comportamento (ou a falta deste) e explicaram o motivo daquele livro
ter sido o escolhido.
Houve
um momento de muita reflexão na entrega de um dos livros quanto aos
motivos da escolha dele.
Gary,
de 11 anos, foi o amigo secreto de Kathy, mesma idade, e o que ela
falou foi revelador:
“O
motivo de eu ter escolhido este livro para essa pessoa é porque eu
também não prestava atenção nela antes, mas neste verão eu pude
perceber como ela é legal. Minha mãe deixou que ela passasse o
verão conosco por uma semana inteira e eu vi o quão generoso e
prestativo ele é. Esse amigo é o Gary.”
Aí,
lá veio o Gary para frente da sala para pegar o livro.
O
menino invisível! Sim! Esse era o nome do livro.
E
se você acha que foi só entregar, abraçar e ir embora, se enganou.
A
Kathy pediu para os demais colegas lerem o livro quando pudessem para
entender mais sobre a história daquele menino solitário e pediu
também para pegarem mais leve com o colega e darem uma chance para
ele conseguir se enturmar.
Olha!
Só sei que foi a coisa mais madura que eu presenciei vinda de uma
pré-adolescente de 11 anos.
E
ela ainda completou: “eu acho que agora eu sei e entendo os motivos
pelos quais o Gary sempre preferiu ficar quieto e não sorrir tanto e
nem fazer tantas brincadeiras, mas se vocês soubessem o que eu agora
sei sobre ele, iriam procurar ser mais amigáveis com ele.
E
minha mãe me deu esse livro porque eu me sentia assim há dois anos
atrás. Então eu entendo o Gary.”
Não
registrei o momento por se tratar de menores de idade, mas foi uma
cena e tanta.
E
o melhor, um livro foi o elo para que isso ocorresse.
Livros
são emoção! Em 2D, 3D, 4D em todas as dimensões.
Só
sei dizer que foi uma baita experiência eu poder ter tido a
oportunidade de ver como o NRABD pode ajudar a humanizar situações
adversas.
Livros
unem pessoas, definitivamente!
Sigam
os Igs:
@linguaeliteratura_
@fabipsanchez
@leilabookcook
@tworeadersgirls
@cristianeolis78
Que demais Cris!
ResponderExcluirAmei a iniciativa❤📚✏
Vamos adotar um dia desses por aqui?
ResponderExcluirTalvez já haja algo parecido. Eu desconheço. Mas se não houver,
Excluira ideia é ótima e coisas boas tem que ser copiadas mesmo.
Muito interessante, né, Leila? Acho que tudo que possa incentivar o hábito de leitura é sempre bem vindo.
ResponderExcluir