Venho
falar sobre um livro não tão famoso e não tão querido de Machado
de Assis: HELENA
Helena faz parte da fase romântica de Machado. Fase tal, que faz muitos torcerem o nariz.
Acostumados
ao estilo realista do autor, muitos críticos dizem que as obras
desta fase são imaturas. Textos sem tantos traços psicológicos em
seus personagens e recheados de dramalhão.
Eu
já sou do time que adora essa fase romântica de Machado de Assis.
Costumo
dizer que se houvesse começado a leitura de seus livros pelo mais
que solicitado nos vestibulares, Memórias Póstumas de Brás
Cubas, provavelmente, não daria uma segunda chance ao autor.
Veja bem, não que seja ruim, muito pelo contrário, é uma estória
inteligentíssima saída da mente desse gênio, mas que não me
fisgou. Mas conquistou Woody Allen. O famoso cineasta
norte-americano, recebeu um exemplar em inglês de um brasileiro, e
se encantou pelo nosso Machadinho
![]() |
Dois gênios em suas respectivas artes: cinema e literatura |
Veja
o relato dele:
Eu
li porque não é um livro grande. Se fosse maior, eu teria
descartado. Mas fiquei chocado com como ele era charmoso e divertido.
Não acreditava que ele tivesse vivido numa época tão distante.
Você pensaria que foi escrito ontem. É tão moderno e prazeroso. É
uma obra muito, muito original. O livro me despertou alguma coisa, da
mesma forma que aconteceu com 'O apanhador no campo de centeio'.
![]() |
Edição americana do nosso Memórias Póstumas |
Feliz por ver nosso país tão valorizado no exterior com o que realmente é bom!
Mas
voltando ao romantismo, Machado
de Assis fez
parte da
última geração do romantismo e se inspirou em
José
de Alencar
(autor
de Senhora, Iracema e O Tronco do Ipê) e
Gonçalves
Dias,
para
criar suas primeiras histórias. Ele
criou
obras tendo
o
amor como tema principal.
Sua
primeira obra dessa fase foi Ressurreição, um romance que se seguiu
de A Mão e
Luva (outro
romance excelente.
Leiam!!),
Helena e
outros.
Helena
foi seu terceiro livro e foi escrito em 1876.
A
estória é um drama de amor. Como dito anteriormente, aqui não se
tem um profundo estudo psicológico dos personagens, o que conta aqui
é o amor sofrido de Helena e Estácio.
Conselheiro
Vale morre deixando em testamento ao seu filho Estácio e à sua irmã
Úrsula, além da fortuna, uma irmã desconhecida, Helena e o pedido
para que eles a acolhessem após sua morte.
Consternados
e preocupados, fazem a vontade do Conselheiro a contra-gosto. Porém
com o passar dos dias, Helena se mostra uma moça, que além de linda
e bem educada, é culta e inteligente.
O
inesperado ocorre. Estácio e Helena se apaixonam! Dois meio irmãos
surpreendidos por esse sentimento que jamais deveria existir! E
agora?
Não
conto mais nada. Acho que só esse assunto, amor proibido e incesto,
já instiga a querer saber mais. Ah, tenho mais uma coisinha pra
contar: nada é o que parece nesse livro…prepare-se para
reviravoltas.
Não
tem como não se apaixonar por Machado ao ler esse livro. É amor pro
resto da vida. E não é proibido :)
Bjs
Lu
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